EXPERIMENTAÇÕES COM O CINEMA NO ENSINO DE GEOGRAFIA: RASURANDO IMAGENS HEGEMÔNICAS E POSSIBILITANDO NOVOS OLHARES PARA OS POVOS INDÍGENAS EM DOURADOS-MS
Palavras-chave:
Ensino, Geografia, linguagens, cinema.Resumo
Este trabalho tem como objetivo, a partir de experimentações com a linguagem cinematográfica no contexto do ensino e aprendizagem em Geografia, possibilitar outras formas de imaginar e perceber o espaço geográfico. Com base nas proposições contidas nos referenciais curriculares do Estado de Mato Grosso do Sul para o ensino médio, foram desenvolvidas experimentações com o cinema enquanto prática pedagógica articulada ao uso de diferentes linguagens no ensino de Geografia. A proposta consiste em viabilizar outras formas de produção de conhecimento por meio de distintas linguagens. Assim, a experimentação com o cinema se deu a partir do disparador “Povos Indígenas em Dourados-MS”, tomado como ponto de partida e produtor de conhecimento. O texto apresenta dois movimentos necessários: no primeiro, busca-se revisitar as imagens e narrativas hegemônicas acerca da presença e participação dos povos indígenas na formação territorial do Brasil, frequentemente associadas à ideia de tutela e à ausência de intencionalidade. No segundo movimento, o objetivo consistiu em convidar os alunos, a partir de quatro temas geradores, a refletirem sobre as imagens de nosso município referentes aos povos indígenas, com o intuito de rasurar as imagens hegemônicas e, a partir do encontro entre sujeitos, possibilitar outras formas de vivenciar o espaço geográfico. Por fim, compreende-se a necessidade de processos formativos contínuos, nos quais a universidade e a educação básica possam se fazer presentes em um entrelaçar de ideias e fazeres, de modo que as especificidades dos sujeitos possam emergir.Downloads
Referências
DUARTE, Rosália. Cinema & Educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2002.
DELEUZE, Gilles. Cinema 1: A imagem-movimento. São Paulo: Editora Brasiliense, 1983
FRESQUET, Adriana. Cinema e educação: reflexões e experiências com professores e estudantes de educação básica, dentro e “fora” da escola. Belo Horizonte: Autêntica, 2013.
FERRAZ, Cláudio Benito O. Imagem e Geografia: Considerações a partir da linguagem cinematográfica.In.: Espaço & Geografia. Brasília: Vol.15, n°2, 2012.
MIGLIORIN, Cezar. BARROSO, Elianne Ivo. Pedagogia do cinema: montagem. São Paulo: Significação, n°46, 2016, p. 22.
MONTEIRO, John Manuel. O desafio da história indígena no Brasil. Silva, Aracy Lopes da; Grupione, Luís Donisete Benzi. A temática indígena na escola. São Paulo: Contexto, 2011. p.221-236
OLIVEIRA JR., Wenceslao M. O que seriam as geografias de cinema? Revista TXT – leituras transdisciplinares de telas e textos. Belo Horizonte: Programa de Ensino, Pesquisa e Extensão A tela e o Texto da UFMG, n.2, s/p, 2005.
OLIVEIRA, João Pacheco de. Prefácio _____. Oliveira, João Pacheco de. O nascimento do Brasil e outros ensaios: pacificação”, regime tutelar e formação de alteridades Rio de Janeiro: Contra Capa, 2016. p. 07-45
XAKRIABÁ, Célia. Amansar o giz. PISEAGRAMA, Belo Horizonte, n. 14, p. 110-117, jul. 2020.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos: Autores mantêm os direitos autorais e concedem à RHET o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.:em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) após o processo editorial, já que isso pode aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja o Efeito do Acesso Livre). Autores são responsáveis pelo conteúdo constante no manuscrito publicado na revista. Autores são responsáveis por submeter os artigos acompanhados de declaração assinada de um revisor da língua portuguesa, declaração assinada do tradutor da língua inglesa e declaração assinada do tradutor da língua espanhola ou francesa.
