RESÍDUOS DE TRADIÇÃO E MODERNIDADE NAS QUADRILHAS JUNINAS: UM OLHAR SOBRE A BEIJA-FLOR DO SERTÃO, COREAÚ-CE
Resumo
A História Cultural trouxe como contribuição o alargamento do campo de investigação do historiador, através de novos objetos de estudos, novos temas, novas fontes e novos métodos. Além disso, a abertura ao diálogo interdisciplinar se mostrou fundamental para a melhor compreensão destas novas temáticas, por meio do uso de arcabouços teóricos de outras áreas, como mostraremos através do uso da Teoria da Residualidade, sistematizada por Roberto Pontes (2013), para a compreensão dos entrecruzamentos culturais e permanência em uma determinada manifestação cultural de elementos provenientes de outras culturas e mesmo de outro período histórico. É o caso das quadrilhas, que chegaram ao Brasil no século XIX, trazidas da Europa e aqui encontraram terreno fértil de permanência, se adaptando à realidade cultural de nosso país, adquirindo desta forma características próprias e passando também a ser um elemento importante da cultura dita “popular”. Este estudo mostra a força destas manifestações de resistirem ao longo tempo, conservando então alguns elementos e mudando outros, como ilustrará a análise feita a partir do grupo quadrilheiro Beija-flor do Sertão, de Coreaú-CE.Downloads
Referências
CHIANCA, Luciana de Oliveira. Quando o campo está na cidade: migração, identidade e festa. Sociedade e Cultura, v.10, n.1, p.45-59, 2007.
DUBY, Georges. Idade Média, Idade dos Homens: do amor e outros ensaios. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.
MENEZES NETO, Hugo. O Balancê no Arraial da Capital: quadrilha e tradição no São João do Recife. 2008. 155 f. Dissertação (Mestrado em Antropologia) – Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2008.
PESAVENTO, Sandra Jatahy. História & literatura: uma velha-nova história. Novo Mundo Mundos Nuevos [Online]. Disponível em: <https://journals.openedition.org/nuevomundo/1560>. Acesso em 4 de ago. 2021.
SANTOS, Luís Átila. Quadrilha Junina e Políticas Culturais: aspectos Históricos e Simbólicos para a manutenção de uma manifestação cultural brasileira. 2017. 46 f. TCC (Graduação em Produção e Política Cultural) - Universidade Federal do Pampa, Jaguarão, 2017.
SOARES, Jéssica Thais Loiola; PONTES, Roberto. A Teoria da Residualidade como abordagem literária: uma breve análise de Marília de Dirceu. Revista Entrelaces, ano III, n.1, p. 47-54, 2013.
Sobre a dança do Leruá. Blog Coreaú Siará. Disponível em: <http://coreausiara.blogspot.com/2011/08/o-lerua.html>. Acesso em 4 de ago. 2021
SPINA, Segismundo. A Cultura literária medieval: uma introdução. 2ª ed. São Paulo: Ateliê Editorial, 1997.
ZAMITH, Rosa Maria Barbosa. A dança da quadrilha na cidade do Rio de Janeiro sua importância na sociedade oitocentista. Textos Escolhidos de Cultura e Arte Populares, v. 4, n. 1, p. 113-132, 2007.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos: Autores mantêm os direitos autorais e concedem à RHET o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.:em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) após o processo editorial, já que isso pode aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja o Efeito do Acesso Livre). Autores são responsáveis pelo conteúdo constante no manuscrito publicado na revista. Autores são responsáveis por submeter os artigos acompanhados de declaração assinada de um revisor da língua portuguesa, declaração assinada do tradutor da língua inglesa e declaração assinada do tradutor da língua espanhola ou francesa.