AVALIAÇÃO DAS PERDAS DE SOLO, PELO MÉTODO DE PINOS DE EROSÃO, NA SUB-BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO JAIBARAS EM SÃO DOMINGOS, SOBRAL, CE
Palavras-chave:
Erosão laminar, Técnicas de campo, Degradação do soloResumo
O solo é um recurso não-renovável nos ecossistemas naturais, com riscos à sua degradação natural no meio ambiente. Assim, as práticas agrícolas e o manejo inadequado potencializam as perdas e o soterramento do solo em diferentes domínios geomorfológicos, com efeitos irreversíveis na superfície sertaneja. Esta pesquisa foi desenvolvida em São Domingos, no município de Sobral, Ceará. O clima da região, segundo a tipologia climática de Köppen, é do tipo BShw’, semiárido e quente, com chuvas irregulares e intensas. O delineamento experimental utilizado foi em três manejos agrícolas, sendo o T1, curvas de nível com cordões de pedras, T2, curva de nível, esses sendo conservacionistas, e o T3 não-conservacionista, morro abaixo em declive. Em cada tratamento avaliado, foram instalados 16 pinos de erosão distribuídos em 4 fileiras, com 4 pinos cada e de forma intercalar em relação à fileira seguinte, cujo espaçamento foi de 1,5 m X 2,0 m, cada pino ficou 25 cm acima do solo, para determinação das perdas de solos em um Neossolo Litólico. A metodologia dos pinos de erosão é considerada uma forma simples e barata de estimar as perdas de solos por erosão, sendo utilizada em diferentes ambientes, com diferentes graus e tipos de erosão. Apesar das vantagens dessa técnica, há escassez de estudos que demonstrem como é realizada a sistematização dos dados e os cálculos das perdas de solos a partir dela. Foram produzidos mapas temáticos dos elementos geoambientais que constituem a área experimental, como: geologia (formação pacujá - ℇjpc), geomorfologia (superfície sertaneja), fitoecológico (caatinga do cristalino) e de solos (neossolos litólicos - RL). Os resultados obtidos do estudo incluem: a densidade do solo em g/cm-³, que variou entre 1,38 e 1,48, sendo o tratamento T3 (Morro abaixo) com a menor densidade, enquanto o T1 (Curva de nível com cordão de pedra) apresentou os maiores valores. Também foram realizadas análises físico-químicas do solo, as coletas das amostras deformadas foram em formato triplicata para cada manejo. Obtiveram-se os dados do rebaixamento, soterramento (m) do solo e das perdas de solos em kg/m3 e Mg/ha-1 para cada tratamento. A soma do rebaixamento variou entre o T1, -0,069, T2, 0,076 e o T3, -0,078. Assim, o somatório das perdas de solos no T1 foi de -3.063,60 Mg ha-1, enquanto no T2, 3.330,00 Mg ha-1 e no T3 -3.818,40 Mg ha-1, evidenciado o tratamento com maiores perdas de solo. Em vista disso, esta investigação científica colabora com os estudos ambientais integrados e apresenta dados únicos sobre as perdas de solo da área e informações sobre o uso e ocupação do solo da região, então, é importante que novas pesquisas acadêmicas apresentem dados científicos sobre a temática.Downloads
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