A CARTOGRAFIA SOCIAL COMO ESTRATÉGIA METODOLÓGICA PARA A DISCUSSÃO DA TEMÁTICA AMBIENTAL NA SOCIOLOGIA DO ENSINO MÉDIO

Auteurs

  • Francisco Dagmauro do Nascimento Mestre em Sociologia em Rede Nacional (Profsocio) pela Universidade Estadual Vale do Acaraú –Uva e professor da Educação Básica na Rede Pública Estadual de Ensino do Estado do Ceará.
  • Daniele Costa da Silva Doutora em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará –UFC e docente e pesquisadora do Curso de Ciências Sociais da Universidade Estadual Vale do Acaraú- UVA

Résumé

Este trabalho objetiva apresentar a cartografia social como instrumento metodológico para o estudo das questões ambientais nas aulas de Sociologia do Ensino Médio. Sabemos que a temática ambiental faz parte do repertório dos chamados temas transversais e diz respeito a todas as áreas do saber. Nesse sentido, esta temática não escapa à problematização sociológica. A nossa intenção foi usar em sala de aula uma estratégia de ensino-aprendizagem que possibilitasse aos educandos discutir o meio ambiente através de suas vivências cotidianas. Pudemos constatar que o uso deste procedimento pedagógico propiciou aos discentes expressarem suas percepções ambientais e discuti-las a partir do estranhamento sociológico. Foi possível aos estudantes exerceram o protagonismo na construção de um saber colaborativo. Essa experiência revelou-nos que o abandono do papel de orador para o de mediador e articulador entre as experiências vivenciadas pelos estudantes e as teorias sociais, torna o conhecimento sociológico mais compreensível e apropriável pelo alunado.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Bibliographies de l'auteur

Francisco Dagmauro do Nascimento, Mestre em Sociologia em Rede Nacional (Profsocio) pela Universidade Estadual Vale do Acaraú –Uva e professor da Educação Básica na Rede Pública Estadual de Ensino do Estado do Ceará.

Mestre em Sociologia em Rede Nacional (Profsocio) pela Universidade Estadual Vale do Acaraú –Uva e professor da Educação Básica na Rede Pública Estadual de Ensino do Estado do Ceará.

Daniele Costa da Silva , Doutora em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará –UFC e docente e pesquisadora do Curso de Ciências Sociais da Universidade Estadual Vale do Acaraú- UVA

Doutora em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará –UFC e docente e pesquisadora do Curso de Ciências Sociais da Universidade Estadual Vale do Acaraú- UVA. 

Références

BARROS, L. P. de; KASTRUP, V. Cartografar é Acompanhar Processos. In: PASSOS, E.; KASTRUP, V.; ESCÓSSIA, L. da (Orgs). Pistas do Método da Cartografia: pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Sulina, 2015, p. 52-65.

BONDÍA, Jorge Larrosa. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Tradução de João Wanderley Geraldi. Revista Brasileira de Educação. Rio de Janeiro, 2002, n° 19. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=s1413-24782002000100003&script=sci_arttext. Acesso em: 16 abr. 2020.

BRASIL. Portal da Transparência. Massapê/CE. Disponível em: http://www.portaltransparencia.gov.br/localidades/2308005-massape?ano=2019. Acesso em: 26 fev. 2020.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Ensino Médio. Brasília: MEC/Secretaria de Educação Básica, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf Acesso em: 06 out. 2020.

BRASIL. Orientações curriculares para o ensino médio: Ciências Humanas e suas tecnologias / Secretaria de Educação Básica. Brasília: MEC/SEMTEC, 2006.

BUOGO, Ana Lúcia; CHIAPINOTTO, Diego. Oficinas de leitura e produção de texto na educação a distância. Maio 2005. In: Congresso Internacional de Educação a Distância. Florianópolis: Abed, 2005. Disponível em: http://www.abed.org.br/congresso2005/por/pdf/179tcb3.pdf Acesso em: 10 abr. 2020.

CAPRA, Fritjof. A Teia da Vida: Uma Nova Compreensão Cientifica dos Sistemas Vivos. São Paulo: Cultrix, 1996.

CARVALHO, J. I. F. et al. A cartografia social como possibilidade para o ensino de geografia: a pesquisa colaborativa em ação. Revista de Geografia. Recife, v. 33, n. 2, 2016. p. 251-260

DELEUZE, G. ; GUATTARI, F. Mil Platôs: Capitalismo e Esquizofrenia. v.1. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora 34, 2017.

ESTEVAM, C. S.; GAIA, M.C. de M. Concepção Ambiental na Educação Básica: subsídios para estratégia de educação ambiental. Revbea, São Paulo, v.12, n.1, 2017.

GEERTZ, Clifford. A Interpretação das Culturas. Rio de Janeiro: Guanabara, 1989.

GOMES, M. de F. V. B. Cartografia Social e Geografia Escolar: aproximações e possibilidades. Revista Brasileira de Educação em Geografia, Campinas, v.7, n.13, p. 97-110, p. 97-109, jan/jun. 2017.

GORAYEB, A. Cartografia Social e Populações Vulneráveis. Cartilha Cartografia Social. Fortaleza, CE: UFC, 2014. Disponível em: http://www.mobilizadores.org.br/wp-content/uploads/2014/07/Cartilha-Cartografia-Social.pdf. Acesso em: 05 jun. 2018.

HAGUETTE, T. M. F. Metodologias qualitativas na Sociologia. Petrópolis: Vozes, 2010.

INGOLD, Tim. O Dédalo e o Labirinto: caminhar, imaginar e educar a atenção. Horizontes Antropológicos, v. 21, n. 44, p. 21-36, 2015.

KASTRUP, V.; BARROS, R. B. Movimentos-Funções do Dispositivo na Prática da Cartografia. In: PASSOS, E.; KASTRUP, V.; ESCÓSSIA, L. da (orgs). Pistas do Método da Cartografia: pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Sulina, 2015. p. 76-91

LASH, S. A Reflexividade e seus duplos: estrutura, estética e comunidade. In: GIDDENS, A; BECK, U.; LASH, S. Modernização Reflexiva: política, tradição e estética na ordem social moderna. São Paulo: Unesp, 1997. p. 135-206.

MAGNANI, J. G. C. Discurso e Representação ou de como os Baloma de Kiriwina podem reencarnar-se nas atuais pesquisas. In: CARDOSO, R. C. L. (Org.). Aventura antropológica. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2004. p. 127-140

MARTINS, José de Souza. Sociologia da Fotografia e da Imagem. 2ª ed. São Paulo: Contexto, 2017.

NATIVIDADE, M. R et. al. Desenho na pesquisa com crianças: análise na perspectiva histórico-cultural. Contextos clínicos, v. 1, n. 1, p. 9-18, 2008.

NUNES, Teresa. As diferenças entre aulas expositivas e aulas dialogadas. Disponível em: https://posgraduando.com/as-diferencas-entre-aulas-expositivas-e-aulas dialogadas/#:~:text=diferen%C3%A7as%20entre%20elas%3F,A%20aula%20expositiva%20dialogada,discutam%20o%20objeto%20de%20estudo. Acesso em 02 out. 2020.

PASSOS, E.; BARROS, R. V. A Cartografia como Método de Pesquisa-Intervenção. In: PASSOS, E.; KASTRUP, V.; ESCÓSSIA, L. da (orgs). Pistas do Método da Cartografia: pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Sulina, 2015. p. 17-31.

PORTELLI, A. História oral como arte da escuta. São Paulo: Letras e Vozes, 2016.

RIBEIRO, A. C. T. et al. Por uma cartografia da ação: pequeno ensaio de método. In: ACSELRAD, Henri. Planejamento e território: ensaio sobre a desigualdade. Rio de Janeiro: Cadernos IPPUR. Ano XV, Nº 2, Ago-Dez, 2001 / Ano XVI, n.1, p. 33-52, Jan-Jul 2002.

SULAIMAN, S. N.; TRISTÃO, V. T. V. Percepção Ambiental e Sociologia Ambiental: interlocuções com a teoria da reflexividade. Pesquisa em Debate. V. 6, n. 2, p. 2-15, jul/dez. 2009.

TUAN, Yi- Fu. Topofilia: um estudo da percepção, atitudes e valores do meio ambiente. São Paulo: Ed. Difel, 1980.

WAGNER, Roy. A invenção da cultura. São Paulo: Cosac Naify, 2012.

Téléchargements

Publiée

2021-08-13

Comment citer

Dagmauro do Nascimento, F., & Daniele Costa da Silva. (2021). A CARTOGRAFIA SOCIAL COMO ESTRATÉGIA METODOLÓGICA PARA A DISCUSSÃO DA TEMÁTICA AMBIENTAL NA SOCIOLOGIA DO ENSINO MÉDIO. Revista Homem, Espaço E Tempo, 15(1), 63–82. Consulté à l’adresse //rhet.uvanet.br/index.php/rhet/article/view/489