ANÁLISE DAS COBERTURAS E USOS DA TERRA DO MUNICÍPIO DE SENADOR POMPEU - CE
Palabras clave:
Caatinga, Uso y ocupación, Fragmentación forestalResumen
La intensificación de las actividades agropecuarias en el semiárido brasileño ha provocado severas transformaciones en el paisaje, resultando en la reducción de las coberturas vegetales nativas y en la fragmentación de los ecosistemas de la Caatinga. Ante este escenario, la presente investigación tuvo como objetivo analizar las coberturas y los usos del suelo en el municipio de Senador Pompeu, Ceará, identificando los principales patrones de ocupación y el grado de fragmentación de las formaciones vegetales remanentes. El estudio se basó en los presupuestos teóricos de la Ecología del Paisaje y utilizó datos del proyecto MapBiomas (Colección 2 – Beta), integrados en un entorno SIG. Se mapearon siete clases de uso y cobertura del suelo: formación forestal, formación sabánica, pastizal, mosaico de usos, área urbanizada, otras áreas no vegetadas y embalses. Los resultados indicaron que las formaciones sabánicas predominan, ocupando el 67,75% del área municipal, seguidas por los pastizales (22,72%) y el mosaico de usos (7,62%). Las formaciones forestales representan solo el 0,28% del territorio, lo que evidencia la fuerte presión antrópica sobre los ecosistemas locales. El análisis de la fragmentación reveló que más del 90% de los fragmentos de vegetación nativa tienen un área inferior a una hectárea, lo que indica un alto grado de aislamiento y fragilidad ambiental. Como contribución, el estudio proporciona información esencial para respaldar políticas de conservación, recuperación de áreas degradadas y ordenamiento territorial. Los resultados refuerzan la necesidad de estrategias de manejo sostenible que aseguren la conectividad de los hábitats y el mantenimiento de los servicios ecosistémicos en el semiárido cearense.Descargas
Citas
ALBUQUERQUE, D. S., et al. Cenário da desertificação no território brasileiro e ações de combate à problemática no Estado do Ceará, Nordeste do Brasil. Desenvolvimento e Meio Ambiente, v. 55, p. 673-693, 2020. DOI: https://doi.org/10.5380/dma.v55i0.73214.
ALMEIDA, L. T.; OLÍMPIO, J. L. S. Efeito das rodovias na fragmentação da paisagem semiárida de Quixadá? CE, Brasil. In: CÔRREA, A. C. B.; LIRA, D. R.; CAVALCANTI, L. C. S.; SILVA, O. G.; SANTOS, R. S. (Org.). Mudanças ambientais e as transformações da paisagem no nordeste brasileiro. v. 1, Ananindeua - PA: Itacaiúnas, p. 1520-1529, 2024.
ARAÚJO, F. S. et al. Secondary succession in the Caatinga is composed of species that persist throughout all chronosequence. Journal of Arid Environments, v. 232, p. 1-10, 2026. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jaridenv.2025.105504.
ARAÚJO-FILHO, J. A.; SILVA, N. L. Impactos e mitigação do antropismo no núcleo de desertificação de Irauçuba - CE. In: OLIVEIRA, J. G. B.; SALES, M. C. L. (Orgs.). Monitoramento da desertificação em Irauçuba. Fortaleza: Imprensa Universitária, 2015.
ARAÚJO-FILHO, R. N., et al. Recovery of carbon stocks in deforested caatinga dry forest soils requires at least 60 years. Forest Ecology and Management, v. 407, p. 210-220, 2018. DOI: https://doi.org/10.1016/j.foreco.2017.10.002.
ARCELINO, M. M.; OLÍMPIO, J. L. S. Análise espaço-temporal da cobertura vegetal da sub-bacia hidrográfica do rio Sitiá, Ceará. Anais do XX SBGFA - Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada & IV ELAAGFA - Encontro Luso-Afro-Americano de Geografia Física e Ambiente. Campina Grande: Realize Editora, 2024
ARRAES, R. A.; MARIANO, F. Z.; SIMONASSI, A. G. Causas do desmatamento no Brasil e seu ordenamento no contexto mundial. Revista de Economia e Sociologia Rural. v. 50, p. 119-140, 2012. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-20032012000100007.
BRANDÃO, R. L.; FREITAS, L. C. B. Geodiversidade do estado do Ceará. Fortaleza: CPRM, 2014.
BRASIL. Lei n. 14.119, de 13 de janeiro de 2021. Institui a Política Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais; e altera as Leis n.º 8.212, de 24 de julho de 1991, 8.629, de 25 de fevereiro de 1993, e 6.015, de 31 de dezembro de 1973. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, 14 jan. 2021. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/l14119.htm. Acesso em: 30 out. 2025.
CALEGARI, L; MARTINS, S. V; GLERIANI, J. M; SILVA, E; BUSATO, L. C. Análise da Dinâmica de Fragmentos Florestais no Município de Carandaí, MG, para fins de restauração florestal. Revista Árvore, Viçosa, MG, v. 24, n. 5, p. 871-880, 2010. DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-67622010000500012.
CEARÁ. Lei Estadual n. 18.427, de 13 de julho de 2023. Institui a Política Estadual sobre Pagamento por Serviços Ambientais do Ceará. Diário Oficial do Estado do Ceará, Fortaleza, 14 jul. 2023. Disponível em: https://belt.al.ce.gov.br/index.php/legislacao-do-ceara/organizacao-tematica/meio-ambiente-e-desenvolvimento-do-semiarido/item/8426-lei-n-18-427-de-13-07-23-d-o-14-07-23. Acesso em: 30 out. 2025.
CEARÁ. Secretário de Meio Ambiente e Mudança do Clima. Mapa Sistema Estadual UC. Escala 1:660.000. Fortaleza: SEMA, 2025, 1 mapa.
FARROKHI, F.; KANG, E.; E.; PELLEGRINA, H. S; SOTELO, S. Deforestation: A Global and Dynamic Perspective. Munich: CESifo Working Papers, 2025.
FERNANDES, M. M.; LIMA, A. H. S.; WANDERLEY, L. L.; FERNANDES, M. R. M.; ARAÚJO-FILHO, R. N. Fragmentação florestal na Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, Brasil. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 32, n. 3, p. 1227-1246, 2022. DOI: https://doi.org/10.5902/1980509845253.
GANEM, R. S. Caatinga: estratégias de conservação. Relatório Técnico. Câmara dos Deputados Legislativa, 2017.
GUERRA, M. D. F.; SOUZA, M. J. N.; LUSTOSA, J. P. G. A pecuária, o algodão e a desertificação nos sertões do médio Jaguaribe - Ceará/Brasil. Mercator, v. 11, n. 25, p. 103-112, 2012. https://doi.org/10.4215/RM2012.1125.0008.
GUIMARÃES FILHO, C.; SOARES, J. G. G.; RICHÉ, G. R. Sistema caatinga-buffel-leucena para produção de bovinos no semi-árido. Petrolina: EMBRAPA-CPATSA, 1995.
HADDAD, N. M., et al. Habitat fragmentation and its lasting impact on Earth’s ecosystems. Science Advances, v. 1, p. 1-9, 2015. DOI: https://doi.org/10.1126/sciadv.1500052.
HERMANN, B. C; RODRIGUES, E; LIMA, A. A paisagem como condicionadora de bordas de fragmentos florestais. Floresta, Curitiba, PR, v.35, n. 1, 2005. DOI: https://doi.org/10.5380/rf.v35i1.2427.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Manual técnico de uso da terra. Rio de Janeiro: IBGE, 2013.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. BDIA - Banco de Dados e Informações Ambientais, Rio de Janeiro, 2023. Disponível em:< https://bdiaweb.ibge.gov.br/#/home>. Acesso em: 07 out. 2025.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Cidades e estados do Brasil, Rio de Janeiro, 2025. Disponível em:< https://cidades.ibge.gov.br>. Acesso em: 07 out. 2025.
INSTITUTO DE PESQUISA E ESTRATÉGIA ECONÔMICA DO CEARÁ – IPECE. Sistema de Informações Geossocioeconômicas do Ceará, 2025. Disponível em:< http://ipecedata.ipece.ce.gov.br/ipece-data-web/module/perfil-municipal.xhtml>. Acesso em: 07 out. 2025
INTERGOVERNMENTAL SCIENCE-POLICY PLATFORM ON BIODIVERSITY AND ECOSYSTEM SERVICES - IPBES. The IPBES regional assessment report on biodiversity and ecosystem services for the Americas. IBPES: Bonn, 2018.
MAIA, G. N. Caatinga: árvores e arbustos e suas utilidades. 2 ed., Fortaleza: Printcolor Gráfica, 2012.
MAPBIOMAS. Biomas e Estados (Coleção 10) – Desmatamento. Disponível em: https://brasil.mapbiomas.org/estatisticas. Acesso em 14 out. 2025a. DOI: https://doi.org/10.58053/MapBiomas/NKD8UZ.
MAPBIOMAS. MapBiomas – Coleção 2 (beta) de Mapas Anuais de Cobertura e Uso da Terra do Brasil com 10 metros de resolução espacial. Disponível em: <https://brasil.mapbiomas.org/mapbiomas-cobertura-10m>. Acessado em 09 out. 2025b.
MENDES, K. R. et al. Seasonal variation in net ecosystem CO₂ exchange of a Brazilian seasonally dry tropical forest. Scientific Reports, v. 10, p. 1–15, 2020. DOI: https://doi.org/10.1038/s41598-020-66415-w
METZGER, J. P. O que é ecologia de paisagens. Biota Neotropica, v.1, n. 12, p. 1-9, 2011. DOI: https://doi.org/10.1590/S1676-06032001000100006.
MORO, M. F.; MACEDO, M. B.; MOURA-FÉ, M. M.; CASTRO, A. S. F.; COSTA, R. C. Vegetação, unidades fitoecológicas e diversidade paisagística do estado do Ceará. Rodriguésia, v. 66, n. 3, p. 717-743, 2015. DOI: https://doi.org/10.1590/2175-7860201566305.
MUCHAILH et al. Metodologia de planejamento de paisagens fragmentadas visando a formação de corredores ecológicos. Floresta, Curitiba, v. 40, n. 1, p. 147-162, 2010.
PINÉO, T. R. G.; PALHETA, E. S. M.; COSTA, F. G.; VASCONCELOS, A. M.; GOMES, I. P.; GOMES, F. E. M.; BESSA, M. D. M. R.; LIMA, A. F.; HOLANDA, J. L. R.; FREIRE, D. P. C. Projeto Geologia e Recursos Minerais do Estado do Ceará. Escala 1:500.000. Fortaleza: CPRM, 2020, 1 mapa.
PIRES, A. S.; FERNANDEZ, F. A. S.; BARROS, C. S. Vivendo em um mundo em pedaços: efeitos da fragmentação florestal sobre comunidades e populações animais. In: ROCHA, C. F. D.; BERGALLO, H. G.; SLUYS, M. C.; ALVES, M. A. S. (Eds.) Biologia da Conservação: Essências. São Carlos, São Paulo, p. 231-260, 2006.
PRIMACK, R. B; RODRIGUES, E. Biologia da conservação. Londrina: E. Rodrigues, 2001.
SALES, M. C. L. Evolução dos estudos sobre desertificação no Nordeste do brasileiro. GeoUSP - espaço e tempo, São Paulo, n. 11, p. 115-126, 2002. https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2002.123650.
SILVA, L. A. P., et al. Mapping of aridity and its connections with climate classes and climate desertification in future scenarios - Brazilian semi-arid region. Sociedade & natureza, v. 35, 2023. https://doi.org/10.14393/SN-v35-2023-67666x.
SOUZA, B. I.; ARTIGAS, R. C.; LIMA, E. R. V. Caatinga e desertificação. Mercator, Fortaleza, v. 14, n. 1, p. 131-150, 2015. https://doi.org/10.4215/RM2015.1401.0009.
TSAI, D. et al. Análise das emissões dos gases do efeito estufa e suas implicações para as metas climáticas do Brasil - 1970-2023. SEEG, 2024.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos: Autores mantêm os direitos autorais e concedem à RHET o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.:em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) após o processo editorial, já que isso pode aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja o Efeito do Acesso Livre). Autores são responsáveis pelo conteúdo constante no manuscrito publicado na revista. Autores são responsáveis por submeter os artigos acompanhados de declaração assinada de um revisor da língua portuguesa, declaração assinada do tradutor da língua inglesa e declaração assinada do tradutor da língua espanhola ou francesa.
