SER ÉTICO: UMA PRIORIDADE INCONVENIENTE

Abstract

Em nível local e mundial temos acompanhado a ausência generalizada de valores eações em vista do bem comum social. Diante da crise dos valores essenciais para umasociedade estável, também se percebe, infelizmente, situações de total letargia eincapacidade dos indivíduos perante os fatos que nos desafiam. No contexto dainvestigação clássica do herói shakespeariano, Hamlet, do ser ou não ser (“to be or notto be, that is the question!”), como questão capital, busca-se no presente textoquestionar a razão de ser da ética e o seu papel na sociedade atual, no resgate daquiloque deve ser fundamental ao ser humano enquanto ser político (isto é, que pertence auma polis), seus direitos e responsabilidades perante sua posição. A desafiante pergunta,na realidade, diz respeito à obrigação moral de cada líder de Estado em buscar desolução para os nossos problemas, irresponsabilidade e omissões. O que ou quempoderá obrigá-los a agir moralmente e honestamente no trato do que é público (respublica) e em suas decisões, como por exemplo: erradicar a pobreza? Nosso temaencontra uma reflexão plausível, dentre outros autores, na filosofia transcendental dofilósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804). A propósito, ele nos aponta, dentre outrassendas, a relação indissociável da moral com a nossa vida cotidiana, da ética e dapolítica. A nossa reflexão, deste modo, parte do principio de que somente um conjuntode indivíduos impulsionados pelo que a ética e a moral nos propõe é o requisito básicopara a conquista de nossas verdadeiras realizações como seres humanos.