CARACTERIZAÇÃO FLORÍSTICA E ANÁLISE BIOGEOGRÁFICA DA SAVANA DA CAATINGA DO COMPLEXO VEGETACIONAL DA SERRA DO BARRIGA, SOBRAL, CEARÁ
Palavras-chave:
Cerrado, Conservação, Fitogeografia, Sistemas NaturaisResumo
Enquanto país megadiverso, o Brasil possui uma rica biodiversidade distribuída entre seis domínios fitogeográficos, incluindo a Caatinga e o Cerrado. A interação entre a Caatinga, núcleo mais rico das Florestas e Arbustais Tropicais Sazonalmente Secas (FATSS), e o Cerrado, hotspot de biodiversidade, manifesta-se em áreas disjuntas com elevada interpenetração de espécies. Algumas dessas áreas, embora apresentem espécies típicas dos cerrados centrais, assemelham-se mais à Caatinga e são denominadas “savanas da caatinga”. Os estudos sobre essas formações começaram no Ceará e continuam a evoluir, com a identificação de novas áreas. Entre elas, destaca-se a savana do inselberg Serra do Barriga, em Sobral, Ceará, que norteia esta dissertação, dividida em três capítulos. O primeiro capítulo catalogou a flora de angiospermas da área, com coletas realizadas entre 2019 e 2024, abrangendo períodos de chuva e seca. Foram identificadas 152 espécies, distribuídas em 41 famílias, com Fabaceae, Apocynaceae e Rubiaceae como mais representativas. A vegetação foi dominada por formas de vida terofíticas e espécies típicas de Caatinga e Cerrado. As espécies do Cerrado permanecem confinadas ao sopé do inselberg, e a ausência de táxons bioindicadores de solos ácidos, comuns em outros cerrados centrais e savanas da caatinga, infere que o solo pode cumprir um papel direito na composição florística desse tipo vegetacional. No segundo capítulo, o escopo foi ampliado para mapear outras formações savânicas no Ceará, incluindo a Serra do Barriga e mais dez áreas. Foram analisadas sua distribuição, composição florística, diversidade beta e cobertura por Unidades de Conservação (UC), utilizando dados de campo e bibliográficos. A análise revelou dois grupos florísticos distintos, ambos com alta diversidade beta e índices de similaridade abaixo de 40%. Espécies amplamente distribuídas, como Qualea parviflora, foram identificadas, ao lado de táxons novos para a ciência, como Borreria savannicola e Hexasepalum nordestinum, restritos a essas formações. Apenas três áreas estão protegidas por UC, mas ainda enfrentam impactos ambientais, ressaltando a urgência de estratégias conservacionistas mais eficazes. O terceiro capítulo revisou as conexões biogeográficas entre Caatinga e Cerrado, avaliando a validade do termo “cerrados nordestinos” para descrever áreas com vegetação de cerrado no semiárido. Foram analisadas 30 áreas, incluindo savanas da caatinga, cerrados nordestinos, caatingas do cristalino e sedimentar, e cerrados centrais. As técnicas de agrupamento (UPGMA) e ordenação (nMDS) mostraram alta coesão entre caatingas do cristalino, savanas da caatinga e cerrados centrais, enquanto os cerrados nordestinos e caatingas do sedimentar apresentaram maior heterogeneidade. As relações entre os dois domínios foram justificadas pela estabilidade climática do Cerrado durante as oscilações do Quaternário e pelo alto provincialismo do domínio, que permite a manutenção de núcleos florísticos em condições físicas distintas.Downloads
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